quarta-feira, 5 de abril de 2017

Colônia Z29 Acumula Cerca de Uma Tonelada de Pescado Diariamente Em Iguaba Grande

Foto: Divulgação
Tainha, Carapeba, Saúba, Robalo e Corvina são espécies encontradas na laguna de Iguaba Grande
A Colônia de Pescadores Z29, de Iguaba Grande, mantém uma atividade pesqueira que gera emprego e renda para mais de 120 pescadores cadastrados na Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca. Diariamente, cerca de uma tonelada de peixe é vendida, os pescadores afirmam estar vivendo uma das melhores épocas da lagoa. Segundo eles, essa era uma realidade muito diferente antes da dragagem do Canal do Itajurú, iniciada em março de 2016. De acordo com Cícero Vanderley Neto, presidente da colônia de pescadores, antes da dragagem a média diária pescada na lagoa era de 200 quilos de peixe: “Além da baixa quantidade, os peixes eram pequenos, não dava para o pescador se sustentar, o que levou muitos a abandonarem a pesca e procurar outros trabalhos”. Além da dragagem do Itajurú, a Prefeitura de Iguaba Grande instituiu, no período do defeso, um auxílio, no valor de um salário mínimo, para todos os pescadores cadastrados. O defeso, que acontece de 1 de agosto a 31 de outubro é estabelecido por ser a época, em que os peixes se reproduzem. Segundo Cícero, Fornecer gelo aos pescadores foi outra iniciativa da Prefeitura de Iguaba Grande, de extrema importância para a atividade: “Os pescadores tinham que comprar gelo para levarem nos barcos, isso encarecia o pescado e se um barco sai sem gelo para armazenar os peixes, eles chegam aqui com uma qualidade inferior ou, dependendo do calor, até estragados”. Jaldir Batista de Araújo, que pesca na lagoa desde 1989 Conta sobre a maior Tainha, que pescou, na laguna: “Trabalho aqui há 28 anos, nunca havia pescado uma Tainha de 3 quilos, aqui na lagoa”, confessou o pescador, mostrando o peixe que costuma pesar entre 1 e 2 quilos. Além, da Tainha e do Carapeba, tradicionalmente, pescados na lagoa. Após a dragagem do canal e da proibição da pesca, no período de defeso, os pescadores passaram a encontrar Saúba, Robalo e Corvina. A atividade pesqueira é a única fonte de renda para a maioria dos pescadores cadastrados. Arnilo Gomes do Nascimento, um dos pescadores mais antigo da colônia comemora a nova fase: “Estou aqui há 42 anos, passamos épocas bem difíceis, onde tive que trabalhar em obra, furando poço ou qualquer serviço que aparecesse. Eu e muitos outros pescadores tivemos que abandonar o barco, agora nós podemos voltar a viver de pesca”, conta o pescador de 59 anos, também conhecido como vovô. Os peixes da lagoa não abastecem apenas peixarias e supermercados da região, mas qualquer pessoa pode ir à Casa do Pescador e comprar, em qualquer quantidade. É o caso de Dona Glória Pires, que costuma caminhar, pela manhã e aproveitar para comprar o peixe que estará na mesa do almoço: “Prefiro comprar aqui, o peixe é fresco, a qualidade é boa”, disse a dona de casa, que prefere preparar a Tainha frita ou ensopada. Comer o peixe é bom. Mas, limpar o peixe é uma tarefa, que muitos preferem pagar, para não precisar fazer  e José Inácio Pereira, o Zezinho, de 69 anos, que há 30 anos chega diariamente à Colônia de Pescadores, por volta de 6h da manhã, presta o serviço, para quem compra, em pouca quantidade: “Tem muita gente que gosta de comer o peixe, mas não tem paciência de limpar, eu chego a limpar 50 quilos por dia”, contou Zezinho, que cobra R$ 2 por cada quilo de peixe limpo. A Colônia Z29 fica junto à Casa do Pescador, na Avenida Amaral Peixoto, Km 97, próximo ao BPRV, em Iguaba Grande. Para comprar o peixe direto do pescador, os interessados devem chegar à Colônia entre 6h e 8h. O preço do pescado pode variar entre R$8 e R$ 10 o quilo.
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