quinta-feira, 7 de maio de 2015

Educar é tão difícil...

Por Andréa Morais
Bater ou não bater? Será, que um tapinha não dói? Sempre fui contra à associação de palmadas à educação. Quando era criança apanhei poucas vezes. E lembro, que não gostei nem um pouco. Posso dizer que as palmadas e ou surras, não somaram em nada na minha educação. A sabedoria da minha mãe, com as conversas e a maneira em que me mostrava o certo e o errado, dizendo o que poderia acontecer se eu fosse para algum lugar ou fizesse o que queria, jogando para mim a responsabilidade da escolha. Com certeza, foram atitudes muito mais eficientes. Hoje, tenho o meu filho e posso falar com propriedade, o quanto é difícil segurar a emoção do momento, para não bater. Mas, infelizmente,  também por experiência, posso dizer que quando batemos, a tendência é aumentar o grau e a força. Miguel está na fase de mostrar a personalidade e escolher o que quer. Além de me testar, para conhecer os meus limites. Quem tem criança em casa, na fase de 2 a 5 anos, entende bem, o que estou passando. Ele jogava as coisas, em qualquer lugar, inclusive, nas lojas. Ficou agindo assim, por pelo menos um mês. Como, fico com ele 24 horas por dia. Mesmo, depois de diversas tentativas de conversa, sem sucesso. Perdi a cabeça por algumas vezes. Foram poucas, porém, o suficiente, para reforçar a minha opinião de que bater, não acrescenta em nada, na educação. Só me dei conta disso, quando percebi o olhar do Miguel para mim, de quem não estava entendendo. Como a pessoa que ele conhece como protetora, a que cuida, da amor, carinho, proteção. Também, pode machucar? Sei, que não machuquei, mas com certeza, doeu. Já, que das outras vezes ele agiu, como se nada tivesse acontecido.A dor do arrependimento foi maior, e uma das piores que senti, em toda a minha vida. Graças à Deus, consegui enxergar que não é legal bater, logo, na primeira vez que pesei a mão. Cada criança, assim como os adultos, possuem personalidades diferentes. Por isso, também, acredito não ter uma regra para educar. Pois, precisamos observar a maneira de agir, com cada um. Para mim, agora, ainda mais, bater é indiscutivelmente, errado. A conversa, o castigo ponderado funciona melhor. No caso do Miguel,  estou conseguindo fazer com que ele pare de agir de forma errada, tirando um brinquedo. A cada vez que faz algo, que nós já havíamos conversado e eu explicado o porque que estava errado, perde um brinquedo. -Ele não precisa saber, mas escolho um brinquedo, que já estava na lista de doação. Assim, com muito choro e alguns brinquedos a menos, estou conseguindo fazer com que ele entenda, que a vida é feita de escolhas. Se escolhemos fazer as coisas erradas perdemos, e se escolhemos as coisas certas, ganhamos. Porque, quando ele faz coisas certas, também dou presentes. Pode ser um passeio, uma coisa que goste de comer ou brinquedo.Enfim, não sou formada em psicologia. Mas, se escolhi cuidar dele e fico com ele o tempo inteiro. Tenho que valorizar essa escolha e a oportunidade para observar, analisar e tentar cuidar dele, educando, da melhor forma possível . Não posso, jamais, deixar que os meus problemas e as minhas ansiedades e angústias, como, não ter tempo para trabalhar, me cuidar ou sair para me divertir sozinha...Enfim,a cada escolha uma renúncia. No meu caso, algumas renúncias. Mas tudo isso, vale muito a pena. É gratificante poder assistir cada sorriso, acompanhar a evolução no crescimento e desenvolvimento cerebral. E principalmente, por ver que a educação dada está no caminho certo. Estou conseguindo acrescentar ingredientes para transformá-lo em um homem de valor, digno, educado, generoso, prestativo, amoroso, idôneo e de bom coração. Mais uma vez, agradeço a Deus por me dar discernimento, para que eu possa escolher as atitudes corretas. Mesmo, que para isso, tenha que errar. Pois assim, posso corrigir e conhecer os dois lados da moeda. Estou caminhando e sei que vou errar muito, pela frente. E espero, poder enxergar e corrigir a tempo, para não atrapalhar na educação do Miguel. Nunca pensei em ter filho e educá-lo sozinha. Sonhava com uma família completa: pai, mãe e filhos. Mas, Deus quis assim. Sou mãe solteira. E hoje, prefiro. É melhor educar sozinha, do que ter a presença de uma pessoa que vai atrapalhar, com os hábitos errados ou ainda, ficar brigando, na frente da criança. Pois, sabemos que os pais são como espelhos para os filhos. Então, sejamos felizes da maneira que vivemos. Um excelente dia das Mães, seja mãe solteira, pãe, mai ou simplesmente, mãe. Nós merecemos comemorar neste e em todos os outros dias. Já, que somos mãe desde a gestação, para a vida toda, em todos os minutos. FELIZ DIA DAS MÂES!!!!!