O Movimento Aliança:
Força do Querer é incansável em buscar melhorias para a Lagoa de Araruama. Esse
grupo formado por Pescadores de Associações e Colônias, dos cinco municípios,
que cercam a Lagoa de Araruama têm o reforço de seus familiares para garantir a
vida da Lagoa de Araruama. Uma das maiores do mundo em hipersalinidade e um dos
maiores bens naturais da Região dos Lagos. Além, de ser e a única fonte de
renda dessa classe. E, ainda, é um ponto turístico de muito valor comercial
para as cinco cidades, que dependem dela.
Foto: Andréa Morais
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Área solicitada aumentará a biodiversidade da Lagoa de Araruama |
Foto: Andréa Morais
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A abertura da área beneficiará a renovação da água da Lagoa de Araruama |
Foto: Andréa Morais
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Pescadores estão esperançosos com a retirada de aterramento de 8 km de extensão |
Cerca de 30
pescadores estiveram presentes na visitação do local para apresentarem a
situação ao MPF e ao INEA, Paulo Marques, pescador de São Pedro da Aldeia
foi um dos integrantes do Movimento que compareceu: "A população aumentou
e não temos espaço pra pescar. Nós estamos recorrendo às autoridades, pra que
eles venham fazer alguma coisa por nós. Esse espaço era nosso e foi
tomado", disse o pescador. O
Presidente da Associação de Pescadores da Praia da Baleia, Rogério Oliveira
lembrou da importância de ter mais uma entrada de água pra Laguna: "O
Canal do Itajuru não tem capacidade de renovação de água, porque ele está muito
estreito e só temos ele. Nós vamos ganhar uma dinâmica de água muito grande, um
fluxo de maré enorme. Além, da entrada de pescado. Hoje, o Canal do Itajuru
está muito assoreado e a dificuldade de dragagem é enorme. Então, nós
devolvendo pra natureza o que já era dela, nós pescadores, vamos ter melhor
sustento. E com a abertura, também, da Ilha do Macaco, porque com isso
vamos ganhar mais quantidade de pescado", ressaltou Rogério.
Foto: Andréa Morais
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Deliberação CECA 442 fortalece o direito de devolução da área á Lagoa de Araruama |
Baseado no artigo 2° da Deliberação CECA 442 de
24 de novembro de 1983. O MPF buscará meios para que a área seja devolvida á
Lagoa de Araruama: "Todas as atividades que utilizam o meio ambiente, o
empreendedor quando desativa, ele tem que devolver pra situação anterior
da natureza. O que nós temos, aqui, é um exemplo claro dessa sociedade nossa,
que é movida pelo lucro. E nós tivemos essa intervenção na natureza desse
porte, e quando a atividade para de dar lucro a gente fica nessa situação
inaceitável; um espaço sendo ocupado com estruturas, prejudicando os recursos
pesqueiros da Lagoa de Araruama e a atividade desativada. Pra isso , a gente
tem o fundamento pra exigir que esta situação seja resolvida. Já, estamos
imaginando soluções pra que isso, também, não seja jogado nas costas do
Estado. Então, esta estrutura toda quando ia dar lucro o empreendedor investiu
nela, e agora na hora de desativá-la e devolver esta área, quem vai arcar
com isso? O Estado? Nós, que vamos pagar isso? Já, estamos imaginando
algumas soluções que têm que ser exigida ao empreendedor, informou Leandro Mitidieri,
Procurador da República.
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Visita desperta pra outra situação do local: lixo e despejo de material, aparentemente irregular |
Ainda, segundo o Procurador da República, após o relatório do INEA a área será
devolvida. A visita chamou atenção para o lixo encontrado no local e ,ainda, o
despejo, aparentemente irregular, às margens da Lagoa: "Tem que saber se o
empreendimento está, formalmente, desativado e dar início a esta devolução da
área. E, também, sobre o que vimos aos arredores. A gente viu material
sendo despejado, como bota-fora nas margens da Lagoa", despertou o
Procurador
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