Por Andréa Morais
Aos anos de vida, é normal adquirirmos experiência, aprendizado, conhecimento, cultura, etc.. A ignorância da criança é rapidamente substituída pelo ensinamento dado a elas. Na infância inicia a sede pelo saber, que na fase adulta se focaliza no que mais gosta. Fato que faz nos distanciar, cada vez mais, da pureza da criança. Mas, em algum momento ou vários momentos surge a saudade da ignorância.
Para mim, que tenho curiosidade e a insaciável necessidade de aprender mais e mais. Perceber que para vivermos bem, precisamos ser ignorantes à alguns fatos, me deixa muito triste. Tem dia em que penso - Seria melhor nos mantermos ignorantes - refiro-me a ignorância, em seu significado puro, a falta de saber, falta de instrução.
Em minhas observações, percebo que a ignorância nos faz mais felizes, já que o saber nos traz muitos dissabores, tristezas e sentimento de incapacidade. Em algumas ocasiões, o ato de ignorar é o melhor remédio para rompermos esses sentimentos. Infelizmente, não somos capazes de consertar tudo e todos.
Este texto é somente um desabafo para o sentimento de incapacidade que sinto ao assistir, nos telejornais ou ler nos noticiários, revistas etc. as crueldades reais, na justiça, na política e com a natureza.
Como sou admiradora da música de Gonzaguinha, O que é o que é? “Eu vivo da pureza da resposta da criança”. Assim, dei um foco maior à profissão que mais gosto, para passar a informação, fazendo com que menos pessoas sejam ignorantes. Com conhecimento, poderemos vencer as crueldades reais. “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”.